MUNICÍPIO RESTAURA ALTARES DA IGREJA MATRIZ
Atualizado em 08/04/2022No âmbito dos trabalhos de Conservação e Restauro que estão a ser efetuados em dois altares da Igreja Matriz de Monforte (Igreja de Santa Maria da Graça), decorreu o 5º Estágio de alunos do Curso de Conservação e Restauro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Resultando de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Monforte e a Paróquia local, contando, ainda, com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Monforte que fornece a alimentação aos estagiários, as intervenções realizadas pelos alunos são coordenadas por Patrícia Cutileiro, Conservadora/Restauradora da referida autarquia.
Entretanto, e à semelhança do que tem acontecido por ocasião dos anteriores estágios, o Presidente do Município, Gonçalo Lagem, o Provedor da Misericórdia, David Rodrigues, e o Padre Joannes, responsável pela Paróquia de Monforte, acompanhados pelo Vice-Presidente do Município, Fernando Saião, e pela Vereadora da Cultura, Mariana Mota, e pela Dirigente da Unidade sociocultural, educação e desporto, Teresa Cunha Sardinha, foram recebidos por Patrícia Cutileiro e pelo respetivo grupo de alunos voluntários a quem dirigiram mensagens de agradecimento.
Segundo informação prestada por Patrícia Cutileiro, desde que foram iniciados no verão de 2015, este é o 5º estágio realizado ao abrigo desta parceria, envolvendo até ao momento cerca de 50 alunos. A técnica realçou, ainda, a importância que o investimento feito pela Câmara Municipal para aquisição de novo equipamento de segurança veio conferir ao desenvolvimento dos trabalhos que estão a ser executados, lembrando que o retábulo em talha dourada/policromia, que data do terceiro quartel do Séc. XVIII, do altar da Nossa Senhora do Parto está a ser alvo de intervenção de conservação e restauro de forma a restituir a sua leitura original, procedendo a limpezas mecânicas e químicas para remover as tintas que cobrem a folha de ouro e, posteriormente, fixações pontuais de policromia/ouro em destacamento. Enquanto no altar do Sagrado Coração de Jesus, em alvenaria com pintura decorativa a fresco (escaiolas – marmoreados), de finais do Séc. XVIII, a intervenção é ao nível da conservação de modo a recuperar o máximo possível da pintura decorativa original, através da remoção mecânica de vestígios de cal e tintas que a cobrem.