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Deixamos Monforte utilizando a Ponte Romana para atravessar a Ribeira Grande.
O percurso desenvolve-se ao longo de uma extensa área de montado com azinheiras e sobreiros de idade e densidade variáveis, intercalados por áreas desarborizadas dedicadas a pastos ou a culturas forrageiras. Nalgumas áreas também se assiste à implantação de novos olivais intensivos.
Toda a área surge como um puzzle onde se encaixam os terrenos de sucessivos montes, hoje em dia quase todos abandonados. Importa respeitar as vedações, nomeadamente as várias passagens que encontramos pelo caminho, evitando que qualquer desleixo possibilite a passagem do gado para outras parcelas.
Para além de diversas barragens e dos muitos e extensos troços de onde a vista alcança horizontes muito distantes, salienta-se o Vale Marmeleiro – um vale bastante aberto, que se desenvolve a uma altitude ligeiramente superior. Depois de Vaiamonte e Monte das Freiras passamos no sopé do morro Cabeça de Vaiamonte e entramos na ZPE Monforte a caminho de Torre de Palma com o seu Monte e Estação Arqueológica, onde um centro interpretativo é dedicado à villa romana e ao que resta de uma basílica paleocristã com o seu muito raro batistério.
Natureza: pastagens, zonas cerealíferas em regime extensivo, montado de azinho disperso (habitats importantes para a conservação/manutenção da ZPE Monforte).
Património: centro histórico de Monforte.
Artesanato: trabalhos de arte pastoril em madeira, chifre, cortiça, pele e couro.
Gastronomia: açorda de coentros ou de poejos; sopa de batata com beldroegas; ensopado e assado de borrego. Doçaria: (bolos fintos (Páscoa), mexericos e nógado (Natal), charutos de Vaiamonte, toucinho rançoso de Monforte). Enchidos de porco preto; queijo Nisa (DOP).
1 – Ponte Romana
Imóvel de Interesse Público, crê-se que a sua edificação esteja algures entre os séculos II e IV. Documentação de 1321 localiza uma vinha do Cabido da Sé de Évora ‘a par da ponte no caminho que vay de Monforte pera a vide’. No vetusto ‘Itinerário Antonino’, mapa das vias e estradas do Império Romano (séc. III), surge a primeira referência, incerta entre Mérida e Lisboa. Edificada em alvenaria de granito, contemplam-se nos seus 63m de comprimento seis arcos de volta perfeita em decrescendo dimensional do centro para as margens; onde se escondem, porventura de assoreamentos e reconstruções várias, outros seis de um total de doze mencionados em Memórias Paroquiais de 1758.
2 – Monte do Zambujal
3 – Monte do Almo
4 – Quinta de Santo António
5 – Monte Cabeça Gorda
6 – Anta dos Esquerdos
7 – Monte Esquerdos
8 – Monte Cantos
9 – Vale Marmeleiro
10 – Vaiamonte
As primeiras referências documentais referentes a esta freguesia remontam, aos inícios do século XIII através da Ordem de Avis como refere D. Frei António Brandão no seguinte excerto “… na regra da dita Ordem se diz que em um alto distante seis léguas de Avis, junto à Torre de Palma, onde hoje chamam Cabeço de Vaiamonte, havia uma forte Vila da qual ainda se acham alguns vestígios Arqueológicos (século), de que os mouros fizeram duram guerra nos cavaleiros da Ordem”.
Desta maneira, após vários combates entre os Cavaleiros da Ordem de Avis e as forças Muçulmanas acantonadas naquele Cabeço fortificado, cerca de 1240, D. Sancho II conquistou definitivamente Vaiamonte, doando-a à Ordem de Santiago na pessoa do Mestre D. Peres Correia.
11 – Monte das Freiras
12 – Monte da Cabecinha
13 – Ribeira do Pau
14 – Monte Relvacho
15 – Monte Zé Neca
16 – Monte Manteigas
17 – Menir da Carrilha
18 – Monte Carrilha
19 – Monte Torre de Palma
20, 21 – Villa Romana Torre de Palma e Basílica Paleocristão
Da outrora abastada e autossuficiente villa romana de Torre de Palma, pertencente à família Basilli, pouco mais resta que os seus alicerces. Pela extensão dos vestígios que se estendem sobre a suave colina, o local não deixa de irradiar mistério sobre como terá sido a sua sumptuosidade.
Criada no século I com uma planta que atendia a funções predominantemente ligadas às atividades agrícolas, foi ampliada para dar lugar a uma villa com peristilo para recolhimento e lazer dos seus proprietários, assim perdurando até ao século V. A oeste está o que resta das termas utilizadas pelo proprietário com as suas salas destinadas a banhos quentes, tépidos e frios.
A Norte da VILLA encontraram-se as ruínas da Basílica Paleocristã, provavelmente datada do séc. IV, com três naves de sete tramas, e absides contrapostas, a qual tinha um batistério em forma de cruz, de Lorena, com dois lanços opostos de quatro degraus, considerado como sendo um dos mais complexos da Península Ibérica, só paralelos na Palestina e no Norte de África.
22 – Arribanas S. Domingos
23 – Arribanas Novas
24 – Barragem Víbora
25 – Lagar Velho
26 – Fonte da Vila
27 – Monforqueijo
MI – Mesa Interpretativa
Zona de Proteção Especial de Monforte:
Esta ZPE abrange os concelhos de Monforte e Fronteira, ocupando uma área de 1887,25 ha. Predominam as pastagens em regime extensivo e as zonas cerealíferas extensivas e semi-intensivas. Também ocorrem alguns olivais tradicionais de pequena dimensão e montados de azinho disperso, com pastagens e cereal no sub-coberto. Esta área foi estabelecida com o objetivo de favorecer a conservação das aves estreparias, principalmente a abetarda (Otis tarda) e o sisão (Tetrax tetrax), que ocorrem como nidificantes. Destaca-se ainda a presença de outras espécies de aves de interesse para a conservação como o milhafre-real (Milvus milvus), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus), a calhandra-real.
Contactos Úteis:
Câmara Municipal de Monforte: +351 245 578 060
Posto Municipal de Turismo: +351 245 578 067
SOS Emergência: 112
SOS Floresta: 117
Centro de Saúde: +351 245 578 210
Informações anti-venenos: +351 217 950 143
GNR: +351 245 573 220
Bombeiros Voluntários: +351 245 573 420
Junta de Freguesia de Monforte: + 351 245 578 200
Época Aconselhada:
O percurso pode ser efetuado em qualquer época do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precauções com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o verão e ao piso enlameado ou mesmo coberto de água durante o inverno ou nos períodos de maior precipitação. A travessia de algumas linhas de água poderá estar condicionada em alguns períodos do ano.
Código de Conduta:
Siga apenas pelo trilho sinalizado. / Respeite a propriedade privada. / Evite fazer ruídos desnecessários. / Observe a fauna à distância. / Não danifique nem recolha amostras de plantas ou rochas. / Não deixe lixo ou outros vestígios da sua passagem. / Não faça lume e tenha cuidado com as beatas dos cigarros. / Seja afável com os habitantes locais. / Cuidado com o gado. Embora manso, não gosta da aproximação de estranhos às suas crias. / Deixe as cancelas como as encontrou. Se estiverem fechadas, confirme que ficam bem fechadas.