UNIVERSIDADE SÉNIOR DE MONFORTE IRRADIOU SIMPATIA EM GRÂNDOLA
Atualizado em 13/06/2014Uma comitiva da Universidade Sénior da Câmara Municipal de Monforte, composta pela respetiva coordenadora, uma professora e 26 alunos, contribuiu para que o XIII Encontro Nacional de Universidades da 3ª Idade, que se realizou no passado dia 7 de junho, em Grândola,
atingisse cerca de 1.500 participantes oriundos de todo o país e entre os quais se encontravam também dois grupos representantes da Ucrânia e Rússia que se deslocaram a Portugal para, em colaboração com a RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), darem os primeiros passos para preparação da constituição de UTIs (Universidades Seniores) nesses países.
A representação monfortense fez-se notar pela simpatia e alegria que irradiou ao longo do dia enquanto decorriam as diversas atividades organizadas, e, para além da satisfação que os alunos e professores da Universidade Sénior de Monforte trouxeram de volta na bagagem, uma das alunas, Maria da Piedade Calha, ainda foi recompensada com a oferta de uma viagem à Madeira, sorteada por uma Agência de Viagens.
As Universidades Seniores (UTIs) são “a resposta socioeducativa que visa criar e dinamizar regularmente atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos. Quando existirem atividades educativas será em regime não formal, sem fins de certificação e no contexto da formação ao longo da vida”.
As Universidades Seniores, Universidades da Terceira Idade ou Academias Seniores, independente da denominação, são sempre um espaço privilegiado de inserção e participação social dos mais idosos. Através das várias atividades desenvolvidas pelas UTIs (aulas, visitas, oficinas, blogs, revistas e jornais, grupos de música ou teatro, voluntariado, etc) os seniores sentem-se úteis, ativos e participativos.
Existem milhares de UTIs no mundo inteiro, com base no exemplo francês ou no exemplo inglês, e apesar da primeira UTI ter surgido em Portugal apenas três anos após a criação da primeira em França, em 1973, só nos últimos cinco anos este modelo se implantou verdadeiramente com o nascimento de dezenas de novas UTIs, passando de 30, em 2001, para 112, em finais de 2008.
No modelo francês as UTIs são criadas pelas universidades tradicionais. Têm professores remunerados, garantem certificação e seguem um modelo mais formal.
No modelo inglês, que Portugal segue, as UTIs nascem no seio de organizações sem fins lucrativos, os professores são voluntários, são mais informais e não garantem certificação.
Em Portugal as UTIs estão representadas pela RUTIS e são um exemplo de vitalidade da sociedade civil e envelhecimento ativo.