ARTE SACRA 11
N.SENHORA COM O MENINO AO COLO

CRONOLOGIA: Séculos XVII/XVIII
DIMENSÕES: Nossa Senhora – 56 x 34 x 15 cm (A/L/P); Menino – 26 x 17 x 8 cm (A/L/P)
INSCRIÇÕES:
DESCRIÇÃO: Imagem de roca composta por busto de vulto, pregado a base oval com oito ripas de madeira, com braços articulados em três pontos. Cabeça com perfuração na parte superior, preparada para receber coroa, cabelo escuro e pendente sobre os ombros, levemente apanhado na nuca, olhos de vidro e orelhas perfuradas indiciando a aplicação de brincos. Do lado esquerdo do peito tem um espigão metálico onde assenta uma imagem em madeira, do Menino Jesus com resplendor metálico amovível.
PROPRIEDADE: Paróquia de Monforte – Igreja da Ordem Terceira

NOTA HISTÓRICA:

Corresponderá à imagem referida pelo Padre José Mendes Soares em 1758 quando descreve o interior da Igreja da antiga Freguesia de São Pedro de Algalé. Refere-se a esta imagem do seguinte modo:

Tem mais a igreja três altares, o da parte do evangelho que está na parede do Corpo da Igreja é dedicado à Senhora das Candeias Imagem perfeita e bem vestida, com quem os moradores tem grande devoção e lhe fazem festa a 2 de Fevereiro. Esta grande devoção popular, deve ter estado na origem da sua encomenda, pelos seus fregueses, nos meados do século XVIII, dando origem a uma Romaria Religiosa que se manteve até os anos 70 do século passado.

No ano de 1883, no Inventário de todas as pratas, imagens, paramentos e bens rústicos pertencentes à Paróquia de Monforte, surge referida como Imagem pertencente à Igreja de S. Pedro de Algalé, com a seguinte expressão “Uma Senhora das Candeias com um menino”. No arrolamento de 10 de Junho de 1911, esta imagem de roca não aparece individualizada, podendo já estar colocada no primeiro piso da Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco que nesta altura  tinha no seu interior 17 imagens de Santos de nomes desconhecidos. Entre esta altura (1911) e 1933 pertenceu à Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Monforte, em função do art.º 67º da Lei 20 de Abril de 1911, a célebre Lei da Separação da Igreja do Estado, regressando a sua posse à Paróquia desta vila no ano de 1933.