1º CICLO DE MONFORTE TEM BOLA MÁGICA
Atualizado em 23/02/2023O Município e o Agrupamento de Escolas de Monforte, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Associação de Futebol de Portalegre (AFP) estabeleceram uma parceria para adesão ao projeto “Bola Mágica” que ficou definida através da celebração de um Protocolo de Cooperação já assinado pelos representantes dos referidos organismos, respetivamente Gonçalo Lagem, António Parreira, Fernando Gomes da Silva (assinou posteriormente pois não esteve presente no ato realizado em Monforte) e Daniel Pina.
A “Bola Mágica” é um projeto-piloto da FPF, no âmbito do plano Futebol 2030, que envolve 44 escolas de todo o país, contemplando mais de 1.600 crianças do 1º ciclo do ensino básico e cujo objetivo principal é que no próximo ano letivo o mesmo esteja disseminado por todo o continente e ilhas.
O projeto, que vai decorrer no horário das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF), consoante a escola, já foi iniciado e vai decorrer até 31 de março, arrancando com 24 pilotos abrangendo todos os diferentes distritos/regiões do país.
Em causa está a oferta estruturada de sessões lúdicas de atividade física desportiva de uma hora (12 sessões no caso das AEC e 24 no caso das CAF) que têm a bola como elemento fundamental, sendo que todo o material necessário à sua implementação foi disponibilizado pela FPF (bolas multiatividades, bolas de ténis, bolas de praia, cordas, arcos, coletes e cones).
O nome “Bola Mágica” vem do facto de a bola multiatividades, utilizada nas sessões, permitir jogar com os pés e com as mãos, garantindo que o projeto não se restringe ao futebol, evitando desta forma que as crianças se especializem desde cedo numa só modalidade.
O projeto e respetivas sessões foram pensados por uma equipa multidisciplinar composta por três professores da FPF e por dois elementos externos, apoiados ainda por um Conselho Consultivo e um Conselho Multidisciplinar que integra a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Direção-Geral da Educação (DGE) e a Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude. Foram também ouvidos vários especialistas das áreas da Psicologia, Pedopedagogia e Educação Física.
Uma equipa irá analisar o impacto do projeto na saúde das crianças, na qual estão envolvidas 15 instituições de Ensino Superior, responsáveis por realizar testes de competência motora nos grupos piloto e controlo, antes e depois do projeto, através de uma bateria de testes chamada “Motor Competence Assessment”.
O objetivo é oferecer um programa lúdico com foco no “brincar” que possibilite aumentar os níveis de atividade física e de felicidade das crianças envolvidas, respondendo assim aos baixos níveis de prática de atividade física que se verificam em Portugal.
Além disso, o projeto vai disponibilizar uma série de sugestões de exercícios que permita uma melhor organização das sessões práticas de atividade física e desportiva, tendo ainda por intuito entender o impacto que o aumento da atividade física desportiva em crianças do 1º ciclo tem nas suas capacidades coordenativas, felicidade e bem-estar, aptidão aeróbica, composição corporal e saúde mental.
A fase de planeamento do projeto envolveu mais de 150 parceiros (associações de futebol, autarquias, agrupamentos de escolas, especialistas e gestão de projeto), e para a fase de implementação vão estar envolvidos cerca de 100 profissionais. Destes, metade pertence a 15 instituições de ensino superior do país (os responsáveis por medir o impacto do projeto na saúde das crianças) e a outra metade é composta pelos professores das AEC e CAF que participaram numa ação de formação prática dinamizada pela FPF em novembro, da qual resultou a primeira reunião nacional de professores de AEC e CAF.
O projeto terá a duração de 12 semanas, sendo que as semanas que antecedem e precedem o início e o final do projeto são reservadas aos testes de competência motora, que já estão em andamento.
(Fotos de uma sessão realizada com crianças do 1º Ciclo de Monforte, cedidas pela AFP)