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Este é um percurso linear que será de ida e volta pelo mesmo trajeto, mas que oferece visões diferenciadas pelo posicionamento relativo aos espaços percorridos. Numa primeira parte, serpenteia em espaço urbano, pelo rossio de Monforte com as suas igrejas, e pela zona de lazer ribeirinha, seguindo-se um trajeto pelos bosques de montado e pelos olivais centenários. Sair de Monforte, da Praça da República, passando pela Capela dos Ossos e subir ao que resta do Castelo, onde pode olhar o horizonte a partir de uma excelente varanda miradouro. Descer até ao Rossio e fazer o trajeto das Igrejas. Passar sob a estrada IP2 e virar à direita para o parque ribeirinho onde se pode apreciar a velha ponte da estrada de Vaiamonte, hoje peça de museu em sítio. Seguir junto à ribeira pelo campo agrícolas e de novo passar por baixo do IP2 em direção a nordeste. O percurso faz-se sempre por estradão largo de terra batida, no interior de bosques de montado, olivais e terrenos agrícolas. O caminho está por vezes mais perto, outras vezes mais afastado da Ribeira de Monforte, que exibe nas suas margens frondosas árvores e é habitat de inúmeras espécies de aves e pequenos mamíferos. Ao longo do percurso é possível ir avistar, com o máximo de cautela, as abandonadas pedreiras de granito de onde se extraiam os bonitos granitos ornamentais de Monforte. Atualmente as cortas das pedreiras estão cheias de água por via do abandono, tornando-se lagos e refúgio de avifauna. O final do trajeto e local de retorno é marcado pelo espaço megalítico das Antas de Rabuje, um conjunto funerário de características especiais pela dimensão das antas, a sua concentração e proximidade e os modelos de integração histórica no horizonte megalítico. A partir deste local, o percurso segue precisamente em sentido inverso até ao ponto de partida.
Folheto Informativo da Rota das Antas da Rabuje
A Vila de Monforte tem uma posição geográfica de excelência que marcou a sua importância como reduto defensivo do território, com o seu castelo e núcleo urbano a fazerem parte de uma linha estratégica de defesa de fronteira. Nos terrenos circundantes, desenvolvem-se as grandes propriedades de cariz rural, habitadas desde tempos pré-históricos com testemunho assegurado pela importante presença de monumentos megalíticos de cariz funerário.
Construída no século XVIII é uma pequena capela adossada á Igreja Matriz com paredes interiores revestidas de crânios, tíbias e perónios humanos. A entrada possui uma porta com grades em ferro para as pessoas verem e ali depositarem as suas esmolas com a finalidade de sufragarem as almas do purgatório.
Ao centro um pequeno altar com a cruz de Cristo Crucificado. As capelas dos ossos são tradicionalmente construídas com restos mortais de vítimas de um grande cataclismo natural ou acidente destrutivo.
Na área do rossio de Monforte encontram-se três igrejas que formam um triângulo, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja de São João Baptista e Igreja do Calvário. Estas foram construídas entre os séculos XVI e XVIII. A Igreja de Nossa senhora da Conceição, foi inspirada na arquitetura mudéjar, a Igreja de São João Baptista possui uma frontaria simples, ladeada por duas torres. A Igreja do Calvário tem quatro corpos retangulares e planta pouco comum em cruz grega.
Jazigos de Granito Róseo tipo Barbacena, explorado para fins ornamentais e decorativos durante bastantes anos. Atualmente a atividade de extração está parada, estando a generalidade das pedreiras inundadas, dando origem a lagos artificiais muito procurados pela avifauna local, como espaços de refúgio e nidificação.
Conhecida desde 1929 o primeiro exemplar como Anta Grande de Rabuje, existe na sua proximidade, ao cimo de um outeiro, um conjunto de mais cinco unidades megalíticas de carácter funerário, tornando este um caso muito especial do horizonte megalítico do território. As antas são monumentos funerários do período neolítico e calcolítico, onde os mortos eram colocados em posição fetal acompanhados de oferendas necessárias à sua “outra vida”. A construção, agora à superfície, encontrava-se coberta de terra, servido para criar uma gruta artificial enterrada com a forma de um enorme seio e daí a designação mamoa.
CONTACTOS ÚTEIS |
Câmara Municipal de Monforte: +351 245 578 060
Posto Municipal de Turismo: +351 245 578 067
SOS Emergência: 112
SOS Floresta: 117
Centro de Saúde: +351 245 578 210
Informações anti-venenos: +351 217 950 143
GNR: +351 245 573 220
Bombeiros Voluntários: +351 245 573 420
Junta de Freguesia de Monforte: + 351 245 578 200
ÉPOCA ACONSELHADA |
O percurso pode ser efetuado em qualquer época do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precauções com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o verão e ao piso enlameado ou mesmo coberto de água durante o inverno ou nos períodos de maior precipitação. A travessia de algumas linhas de água poderá estar condicionada em alguns períodos do ano.
CÓDIGO DE CONDUTA |
Siga apenas pelo trilho sinalizado. / Respeite a propriedade privada. / Evite fazer ruídos desnecessários. / Observe a fauna à distância. / Não danifique nem recolha amostras de plantas ou rochas. / Não deixe lixo ou outros vestígios da sua passagem. / Não faça lume e tenha cuidado com as beatas dos cigarros. / Seja afável com os habitantes locais. / Cuidado com o gado. Embora manso, não gosta da aproximação de estranhos às suas crias. / Deixe as cancelas como as encontrou. Se estiverem fechadas, confirme que ficam bem fechadas.
GALERIA FOTOGRÁFICA DAS ATIVIDADES |