UNIVERSIDADE SÉNIOR “VISITA” CASA DE BRAGANÇA
Atualizado em 08/04/2022No dia 28 de abril de 2016, o Município de Monforte, através da sua Universidade Sénior, no âmbito da atividade desenvolvida na disciplina de História, proporcionou aos seus alunos, docentes e população em geral, uma comunicação subordinada ao tema “As Armas e a Casa de Bragança – Ligação secular” que foi proferida por Tiago Passão Salgueiro, Técnico Superior do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança.
Segundo informações prestadas por José Inácio Militão, o professor responsável pela disciplina de História e promotor da iniciativa, foram abordadas de forma concisa várias temáticas relacionadas com a “Corte Brigantina”, sublinhando os “porquês” da sua fixação em Vila Viçosa, no Paço Ducal, em 1501.
O orador relacionou as “armas” com a afirmação política e social dos Duques de Bragança no século XVI e, sobretudo, no período da dominação Espanhola (1580-1640).
A arte não foi esquecida, em particular as pinturas murais de André Peres (inícios do século XVII) e a sua escola/oficina de pintores.
Tiago Salgueiro referiu-se, ainda, às estruturas militares que surgiram no século XVII em Vila Viçosa, recordando a conquista de Azamor pelos portugueses que contou com um fortíssimo contributo dos soldados do Duque de Bragança e falou de Armaria, revelando, curiosamente, que uma armadura completa pesava 25kg.
Uma das passagens que suscitou interesse acrescido foi a que o investigador dedicou ao Rei Artista, D. Carlos I, falando dos seus “prazeres rurais”, tais como as caçadas na Tapada de Vila Viçosa e, por vezes, em terras do Concelho de Monforte, com matilhas constituídas por muitos Rafeiros do Alentejo, e o gosto que o monarca sentia pela Tauromaquia, pela pintura e pela fotografia.
Outra revelação curiosa que José Militão quis destacar foi a “notícia” dada pelo orador desvendando que D. Manuel, filho de D. Carlos I, quando criou a Fundação da Casa de Bragança, determinou que “todo o Património da Coroa Portuguesa é propriedade para todo o SEMPRE da FUNDAÇÃO, não podendo ser vendido ou herdado”. Isto significa que o atual “descendente”, o Duque D. Duarte, não pode usufruir de quaisquer direitos sobre o património da Fundação da Casa de Bragança.
Entretanto, Tiago Salgueiro aproveitou a ocasião para apresentar a sua obra mais recente, intitulada “VILA VIÇOSA – Ideias para o futuro”, um projeto relativo ao desenvolvimento turístico e cultural dessa localidade.