UNIVERSIDADE LUSÍADA DO PORTO VALORIZA PATRIMÓNIO DE MONFORTE
Atualizado em 27/12/2023A exposição “Património Construído de Monforte – Desenho, Critérios e Metodologias de Conservação do Património e Reabilitação Arquitetónica”, que estará patente ao público até 09 de setembro, no CEFUS (Centro de educação, Formação e Universidade Sénior), em Monforte, foi inaugurada no dia 20 de julho.
Para além de um grupo de alunos e dois dos três Professores responsáveis, Miguel Malheiro e Bruno Marques, estiveram presentes o Presidente do Município, Gonçalo Lagem, o Vereador Emídio Mata, funcionários afetos aos serviços municipais de Urbanismo, Obras e Serviços Urbanos e outros interessados.
A mostra integra várias maquetas e painéis resultantes dos trabalhos académicos desenvolvidos pelos alunos do 5º ano da Unidade Curricular de Projeto III do curso de Arquitetura da Universidade Lusíada do Porto, sob esta temática da intervenção contemporânea sobre o património construído no núcleo urbano histórico da vila de Monforte, onde se desenvolveram estratégias de conservação do património e reabilitação arquitetónica.
Contando com a colaboração do Município de Monforte, a investigação foi realizada em várias escalas e abordagens, desde a história da construção e da caracterização construtiva dos edifícios e envolventes onde se inserem, até à tipificação de anomalias e consequente definição de metodologias gerais de intervenção em património construído, núcleos urbanos ou paisagísticos com valor patrimonial, culminando na realização de projetos específicos de conservação e reabilitação.
A intervenção começa por realçar as características formais, materiais, construtivas e espaciais que comprovam os valores daquele património construído (histórico, cultural e arquitetónico), para depois explorar as suas potencialidades para um uso contemporâneo e futuro que promova o território em que se insere, mantendo o seu significado histórico e a preservação da identidade cultural que ele transporta, e não apenas a sua aparência histórica ou original.
Os locais onde se desenvolveram os trabalhos foram no espaço público (Rossio e Cerca Urbana), edifícios públicos (Câmara Municipal de Monforte e Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco) e num edifício privado (Casa do Mirante, na Praça da República).
Segundo Miguel Malheiro, “com esta exposição procuramos aumentar a admiração pública e facilitar a compreensão identitária desta vila, e a fruição pela exposição irá permitir a apreensão e compreensão desta forma de conservar o património e reabilitar a arquitetura. A realização deste evento constituirá um momento alto do percurso académico destes alunos que agora finalizam a sua parte curricular, assim como para mim, já que será um momento especial de transmissão de conhecimento que é, no fundo, o objetivo da minha missão enquanto docente.
Para o município, também espero que esta exposição constitua um momento de divulgação e reconhecimento do património arquitetónico da vila de Monforte e de partilha de conhecimento das metodologias e técnicas de reabilitação arquitetónica e conservação do Património”.
Na sua intervenção, Gonçalo Lagem elogiou o trabalho realizado e agora apresentado ao público e reconheceu que “a exposição aborda plenamente a relação entre passado/presente e antigo/novo, procurando sublinhar o papel da memória do passado histórico da vila e a importante mais-valia que ele tem na sociedade moderna, projetando-o como um recurso e motor de desenvolvimento qualificado do território, da vila e da paisagem”.