POPULAÇÃO DE SANTO ALEIXO E CÂMARA MUNICIPAL DE MONFORTE UNIDAS CONTRA O ENCERRAMENTO DA ESCOLA
Atualizado em 18/06/2014
Na sequência de várias notícias vindas a público relativamente ao eventual encerramento da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Santo Aleixo, uma das quatro freguesias do Concelho de Monforte,

Essa sessão contou com o apoio da Junta de Freguesia de Santo Aleixo e insere-se num conjunto de iniciativas que foram delineadas numa reunião que o SPZS solicitou à Câmara Municipal de Monforte e na qual estiveram presentes, em representação desse Sindicato, Ana Luisa Pinheiro, Paulo Félix e José Janela, e, da Autarquia, para além de Gonçalo Lagem, o respetivo Presidente, Vera Pegacha, a responsável pelo serviço de educação.
Nessa ocasião os sindicalistas entregaram também um abaixo-assinado e uma informação “contra a fusão e o encerramento administrativo das escolas” para que a Câmara Municipal os subscrevesse e colaborasse na sua difusão, o que tem estado a ser feito.
No entanto a intenção de fechar as portas da escola de Santo Aleixo já tinha sido apregoada em 2010, quando foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros nº44/2010, que estabelece orientações para o reordenamento da rede escolar. Porém, a decisão tem vindo a ser adiada pela tutela.
“Voltaram, agora, à carga”, afirmou Gonçalo Lagem durante a sua intervenção na sessão de Santo Aleixo e passou a esclarecer: ”em maio deste ano, numa reunião com Herlander Mira, o Chefe da Equipa Multidisciplinar da DGEstE – Alentejo, tive oportunidade de contestar a proposta de encerramento da escola. A referida Resolução do Conselho de Ministros é bem clara no que respeita às competências do membro do Governo responsável pela área da Educação, o qual pode autorizar o funcionamento de estabelecimentos públicos de ensino com menos de 21 alunos, após parecer da Direção Geral competente e do serviço do Ministério da Educação e Ciência com competência em matéria de coordenação da rede escolar ou após parecer do município. A nossa Escola de Santo Aleixo contará com 15 alunos no próximo ano letivo”. Tem sido nisto que o autarca monfortense, nas suas declarações, tem insistido. Por outro lado, e ainda de acordo com as declarações que o Presidente do Município tem veiculado ultimamente recorrendo a todos os meios ao seu alcance, sobretudo através da Comunicação Social, “a concretização desta medida submeteria as crianças e as suas famílias a uma separação demasiado prolongada, afastando-as para cerca de 15km’s e retirando-as, assim, do seu ambiente, quebrando laços familiares e destruindo as condições pelas quais temos lutado durante décadas de modo a que as nossas crianças, estejam onde estiverem, usufruam dos seus direitos”.
Gonçalo Lagem também não tem desvalorizado o impacto socioeconómico extremamente nefasto que a medida causaria, provocando a eliminação de postos de trabalho diretos e indiretos e, consequentemente, agravando os efeitos da desertificação que tanto afeta essa Freguesia. Portanto, garante que “não estamos dispostos a ceder, pois sentimos que o Ministério da Educação está a tomar uma posição de força que poderia ser evitada se houvesse da sua parte vontade em solucionar o problema sem que tenha apenas em conta a redução de recursos materiais, humanos e financeiros. Lutaremos até às últimas consequências para que a Escola de Santo Aleixo continue aberta e bem viva para o bem da Freguesia, para o bem dos avós, para o bem dos pais e, acima de tudo e o mais importante, para o bem das crianças”.