JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE SÍMBOLOS PEREGRINARAM EM MONFORTE
Atualizado em 30/06/2022Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, iniciaram uma peregrinação por todas as dioceses de Portugal que decorrerá entre novembro de 2021 e julho de 2023, e passaram por Monforte no dia 12 de janeiro, onde a comitiva, proveniente do concelho vizinho de Fronteira e responsável pelo seu transporte, constituída pelo Cónego Júlio Manuel Roxo Rodrigues, pelo Comandante dos Bombeiros de Fronteira, João Ratinho, e por Bombeiros dessa Corporação, foi recebida pelo Pároco de Monforte, Padre Ronildo Faria dos Santos, e pelo Presidente do Município, Gonçalo Lagem, aos quais se juntaram o Presidente da Junta de Freguesia de Monforte, Pedro Bagorro, a Dirigente da Unidade Sociocultural, Educação e Desporto, Teresa Cunha, e dezenas de paroquianos.
Os dois símbolos confiados pelo Papa São João Paulo II aos jovens de todo o mundo vão estar um mês em cada diocese para cumprir o objetivo do Papa São João Paulo II quando confiou a Cruz aos jovens: “carreguem-na pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade”.
A Peregrinação dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude é também um convite dirigido a todos os jovens de Portugal para participarem na Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Lisboa em agosto de 2023, e que vai contar com a presença do Papa Francisco.
A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora foram entregues pelos jovens do Panamá, onde decorreu a anterior Jornada Mundial da Juventude, em janeiro de 2019, aos jovens de Portugal numa Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no dia 22 de novembro de 2020.
Apesar dos condicionalismos provocados pela pandemia, os símbolos da JMJ peregrinaram em Angola entre os dias 8 de julho e 17 de agosto de 2021, na Polónia entre os dias 21 de agosto e 1 de setembro e em Espanha desde o dia 5 de setembro, terminando a 29 de outubro, dia em que os jovens de Espanha os entregaram aos jovens de Portugal, da Diocese do Algarve, numa travessia simbólica do rio Guadiana, ao fim do dia.
A Cruz peregrina
Com 3,8m de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por São João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e aí foi sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani
Desde 2000 que a Cruz Peregrina é acompanhada pelo Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este Ícone foi introduzido também pelo Papa São João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens.
Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das devoções mais populares marianas em Itália: é antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.